
Um episódio sugestivo é contado por Edmond Jabés no seu livro Le Livre du dialogue, o qual tenho vivido e reproduzido, vezes sem conta, sem verdadeiramente poder evitá-lo. Partilho o incómodo do mesmo e para ser totalmente honesto, sei que tenho duplo desempenho a corrigir. Telhado de vidro só não tem, quem não tem casa. – Pedro José, 27-08-07.
“Um Jovem foi procurar o seu mestre e lhe disse:
- Posso falar contigo?
O mestre respondeu-lhe:
- Volta amanhã. Conversaremos.
No dia seguinte, apresentando-se novamente a ele, o jovem lhe disse:
- Posso falar contigo?
Como na véspera, o mestre respondeu:
- Volta amanhã. Conversaremos.
- Eu vim ontem – respondeu, decepcionado, o jovem – e te fiz a mesma pergunta. Não queres falar comigo?
- Desde ontem dialogamos – respondeu o mestre, sorrindo. – Será nossa culpa se os dois temos ouvidos ruins?”.
FONTE: JABÈS, Edmond, Le Livre du dialogue, Paris, Gallirmard, 1934. Citado por OUAKNIN, Marc-Alain, Biblioterapia, Edições Loyola, São Paulo, 1996, p.159.
“Um Jovem foi procurar o seu mestre e lhe disse:
- Posso falar contigo?
O mestre respondeu-lhe:
- Volta amanhã. Conversaremos.
No dia seguinte, apresentando-se novamente a ele, o jovem lhe disse:
- Posso falar contigo?
Como na véspera, o mestre respondeu:
- Volta amanhã. Conversaremos.
- Eu vim ontem – respondeu, decepcionado, o jovem – e te fiz a mesma pergunta. Não queres falar comigo?
- Desde ontem dialogamos – respondeu o mestre, sorrindo. – Será nossa culpa se os dois temos ouvidos ruins?”.
FONTE: JABÈS, Edmond, Le Livre du dialogue, Paris, Gallirmard, 1934. Citado por OUAKNIN, Marc-Alain, Biblioterapia, Edições Loyola, São Paulo, 1996, p.159.